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Entrevista com Sinvaldo Moura

  • Foto do escritor: Lazara Oliveira
    Lazara Oliveira
  • 22 de mar. de 2021
  • 2 min de leitura

Imagine um oceano de universo. Acima desse oceano há um céu pontilhado por milhões de estrelas. Você entra nesse oceano e deixa seu corpo à deriva, flutuando, enquanto reflete sobre uma imensidão desconhecida de arestas desconexas, ouvindo vozes de sílfides que trazem uma ou outra mensagem de Clio, Mnemosine ou aquele cara de Delfos. É exatamente assim que me sinto quando converso com este homem. No começo não era assim, mas o tempo tem suas artimanhas: desentope umas artérias, abre espaço no miocárdio para um habitar novo. Creio que assim também se sentirão todas as pessoas que um dia tiverem a chance de serem tocadas pela voz de ume poete.


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1. Se apresente como preferir.



Arquiteto. Educador Ambiental. Escritor.

Poeta Piauiense.


Não sou o que gritam de mim

Nem o que falo ser

Sou impreciso

Com vontade


Pois só sussurro



2. Você é arquiteto, em sua opinião, o Oscar é superestimado ou não?



Depende. Eu acho um gênio, na medida em que criava formas poéticas, de fora pra dentro, que, magicamente, honrava o funcionar. Foi inigualável nisso. Mas não é religião. Houve um antes, e há um depois.

E nem ele queria, dizia: "Arquitetura não é importante, o importante é cuidarmos uns aos outros".



3. Tu é um homem que já viajou bastante pelo país. Qual o lugar mais perfeito que seus olhos tiveram o prazer de contemplar?



Chapada das Mesas, Maranhão.

(Não viajei tanto assim)



4. Sua poesia é concisa e com detalhes carregados de significados profundos. Penso que essa é uma característica de quem pensa muito antes de escrever, e, que sente tudo de forma intensa. Você se considera um homem sensível? Por quê?



Sim. Exatamente pelo ato de escrever poemas. E por ter sempre algo social nas aventuras pela prosa.



5. Faça um desabafo.



Não mais disso. Há algum tempo atrás eu tentaria derrubar o governo.



6. Uma mensagem que sua filha deve lembrar sempre.



Há rascunhos esperando serem arte-final.



7. Qual poder você escolheria ter?



Voar



8. Você tem um humor muito ácido, e perigoso, já arranjou encrenca por isso?



Demais. Com a idade, aprendi a ter paz; e não razão.



9. Já brigou em bar?



Não. Em bar só se declama.



10. (Havia uma pergunta aqui, mas ela foi apagada por mim para que o leitor aprecie apenas a resposta e interprete livremente.)


Meu amigo, pensas que não sei que contas a história sob a tua conveniência.


O artista apresenta uma de suas obras favoritas:


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O livro de poemas Rabiscos Breves, onde, em poucas linhas, tenho a presunção de dizer muito.



[Curiosidade: Sinvaldo revelou que a mão na capa é a dele.]

 
 
 

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