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Entrevista com Danúbia

  • Foto do escritor: Lazara Oliveira
    Lazara Oliveira
  • 3 de jul. de 2021
  • 4 min de leitura

Durante a vida conhecemos muitas pessoas. Algumas de vista, passagem, em ocasiões singulares; outras, de convivências em fases. Pessoas permanecem ou se vão, é fato. Ou, permanecem e se vão, em um ato. Construímos e rompemos relações, que nos abalam ou não. Dentre as pessoas que permanecem para mim, está você. Que privilégio ter desde a infância essa amizade perfeita. Tu, já assumi como irmã. Você, que tantas vezes foi a luz em meu caminho, o abraço que me acolheu, a voz que me guiou e o amor que me confortou. Construímos memórias tão bonitas que não podem ser descritas. Admiro, torço e estarei sempre aqui para você. Deixo votos de que o mundo conheça a pessoa maravilhosa que é você, e que você consiga realizar seus sonhos. Se precisar de um rim, o meu está reservado.



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1. Apresente-se como quiser.


Olá, meu nome é Danubia e, no geral sobre meus gostos, sou uma pessoa bem eclética. Bastante tímida, porém quando sinto que o ambiente tem energia boa eu converso mais que tudo. Me considero uma pessoa bem good vibes por amar a vida e a natureza, entretanto, um pouco sombria por ter certa fascinação pela morte.


2. Vamos começar com fogo na palha seca. Solte o verbo sobre injustiças sociais.


Acho que nossa cultura assimilou e aceitou conviver com esse tipo de violência, pois vemos coisas absolutamente horríveis que são romantizadas, principalmente pela mídia, como um caso mais recente do menino que para conseguir estudar precisou subir em cima de uma árvore. Perdemos muito tempo com preconceitos ao invés de usar esse tempo para lutar por uma vida mais digna para todos.


3. Um sonho que faria você enlouquecer de alegria caso se tornasse real. Por quê?


Me tornar mais sábia e evoluída, para que conseguisse de forma inteligente fazer com que as pessoas realmente entendessem qual o real sentido da vida, que não é apenas nascer, crescer, reproduzir e morrer.


4. Você está em sua segunda graduação. Fale sobre a vida universitária em geral e como está a situação atualmente, em plena pandemia de COVID-19.


Está um caos, bastante estressante, mas ao mesmo tempo consegui obter mais conhecimento do que na última, apesar de meu cérebro ser bastante preguiçoso*. Eu gosto de procrastinar. Ao meu ver, de modo geral, a pandemia acabou por prejudicar muito todos os âmbitos escolares, mas o que foi mais prejudicado com certeza foi o universitário, principalmente o de universidades federais que em sua maioria não possuem acesso de qualidade à internet, além de que os conteúdos são bem mais complexos e de difícil entendimento do que quando se está no colégio.


5. Faça um desabafo.


Gostaria que na próxima eleição as pessoas fossem mais sábias e não caíssem em fakes news, como na passada, e que assim pudéssemos eleger alguém que realmente seja provido de inteligência governamental, intelectual e acima de tudo emocional. Pois com mais um desequilibrado no poder, nosso país vai parar nas profundezas da miséria e nos tornaremos escravos dos grandes monopólios.


6. Uma dor que você carrega consigo, mas que quer jogar fora.


Tomar as dores do mundo como sendo minhas.


7. Você é a verdadeira pessoa eclética. Como é a experiência de fluir entre "espectros"?


A sensação e a liberdade de não precisar se prender em nada e ao mesmo tempo ser em tudo, e você conseguir ter novas experiências sem se sentir desconfortável, pois você é justamente aquilo, não se importando com as opiniões alheias. Ser você mesmo.


8. Você é poetisa em construção. Quais são suas inspirações?


Acho que não possuo inspirações definidas, é um amontoado de tudo que leio, vejo e ouço. São vivências de amizades que ainda possuo, e de outras que se foram. Talvez um pouco de Clarice Lispector, Allan poe. A morte em si, entre outros.


9. Um passo importante na sua vida que você demorou a dar, mas quando deu, se sentiu aliviada.


Ainda estou dando esses passos que é afastar dos problemas da família que estavam me sufocando, a cada dia me sinto mais aliviada por não agir como se fosse minha obrigação resolver os problemas de todos, apesar de agora ser considerada a desgarrada da família. Cara, é muito bom ser livre, assim ninguém me perturba vinte e quatro horas por dia, apesar de haver um ou outro que ainda insistem que eu resolva seus problemas.


10. (Havia uma pergunta aqui, mas ela foi apagada por mim para que o leitor aprecie apenas a resposta e interprete livremente.)


Sua criança em corpo de adulto! Resolva seus problemas sem ficar me enchendo a paciência, tenho mais coisas a fazer do que cuidar da sua vida. Se você acha que ficar falando sempre em suicídio vai resolver algo em sua vida, eu te dou uma dica, não vai. Seja adulta e comece a enfrentar as adversidades de frente.


A POETISA APRESENTA UMA DE SUAS OBRAS FAVORITAS





Enclausurado na pele que não lhe pertence

Condenado a este mundo deteriorado

Sua alma aos poucos se transfigura

Na metamorfose da besta a rugir

As larvas que borbulham em agitação

Clamando em coro por sua putrefação

Rodeado por sanguessugas anêmicas

Coração soterrado no amargo vômito

Embebido no mais auto grau da sobriedade

Criação divina por Deus excomungado

Eis me aqui filho que traz as trevas a luz

Condenado no passado, rei do presente,

Criador dos sabores e das luxúrias

Que toda a humanidade embebedaste

Ao cálice da vida não tens mais sede

Mais no pecado se afoga continuamente

Aos que preferem cerne suas almas

O amargo âmbar de sua promiscuidade

Torna te dos deuses o mais amado.



*A entrevistadora discorda totalmente dessa afirmação.

 
 
 

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